quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Definindo o Roteiro

Cheguei a conclusão que definir o roteiro é ao mesmo tempo a parte mais legal e a mais frustrante do planejamento.

A razão de ser legal é meio óbvia, quando se intensifica as pesquisas nessa direção é possível descobrir que existem lugares incríveis, que nunca havia imaginado. A "descoberta" de Luang Prabang é um exemplo claro disso.
Por outro lado, a parte frustrante é quando se descobre que lugares incríveis tem que ser deixados de lado por problemas logísticos ou limitação de tempo e dinheiro.
A primeira vez, pensei que seis meses seria excelente. Hoje acho que precisaria de no mínimo uns três anos para fazer tudo que quero. No fim fechei em 10 meses! :-)
Passagens RTW
A primeira tentativa de montagem de roteiro foi feita com base nas passagens volta ao mundo. Consultei sites das alianças internacionais (Oneworld, Skyteam e StarAlliance) e realizei diversas simulações dentro das regras e alcance de cada empresa.
E seguindo essa linha, as primeiras ideias de roteiro começaram a ser esboçadas.

Acabei desistindo dessa modalidade de passagem porque deixaria o roteiro muito engessado. Isso porque para comprar esse tipo de ticket é necessário montar um roteiro antes da partida.
Planejando o roteiro
A partir do momento que desisti da passagem  devolta ao mundo, para manter o equilíbrio físico/econômico da expedição, tive que realizar um ajuste nos meios de transportes. Basicamente, reduzir drasticamente o número de vôos e aumentar os trajetos de trens e ônibus.

Feito isso, foi abrir o mapa, juntar alguns pontos e mesclar com uma agenda definida com base nas condições climáticas de cada país.
A prioridade foi evitar o período das monções asiáticas e encarar o inverno apenas no fim da expedição.

Além da constante avaliação financeira. Afinal quanto maior o custo, menor o tempo de viagem - e minha ideia era justamente o contrário:
Reduzo o custo e viajo mais! :-)
Enfim...
Tinha 10 meses para viajar e um orçamento limitado. Algumas horas em claro, semanas se passaram. E um roteiro surgiu.
Brasil - Nova Zelândia - Tailândia - Laos - Vietnã - Camboja - Malásia - Singapura - Hong Kong - Índia - Jordânia - Israel - Egito - Turquia - Rússia - Bulgária - República Tcheca - Grécia - Itália - Áustria - Alemanha - Espanha - Inglaterra - Brasil

Apesar dos diversos pontos na Europa, a tendência é chegar lá apenas nos últimos três meses.
Concentrarei uma grande parte do tempo na Ásia, por dois motivos simples: riqueza cultural e custo!


Esse roteiro representa apenas uma base, desisti da RTW justamente por ter a flexibilidade de ir mudando com o caminho.
E em cima desse roteiro, tenho estudado um pouco sobre a história recente e cultura de cada país... A intenção é chegar entendendo, pelo menos um pouco da cultura local, tendo assim, condições de vivenciá-la de forma mais intensa.

O mais legal de tudo é que deu um baita trabalhão montar o roteiro e sei que ao longo da viagem terei liberdade para decidir mudar a hora que quiser.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Prólogo - O início de tudo

Olá. Meu nome é Weligtonn, tenho 26 anos, sou formado em engenharia civil e atualmente estou no meio de um curso de mestrado.
Pois bem...

Nessa plataforma pretendo relatar sobre a maior e mais desafiadora experiência de minha vida até hoje. A ideia é escrever em forma de carta aberta, ou seja, do jeito que me der vontade.

Foi em setembro/2014 que tomei a decisão de sair viajando com uma mochila nas costas.
Mas a ideia não era tirar férias e passar 30 dias em algum lugar exótico ou turístico, a ideia era viajar sem o compromisso do retorno imediado, sem ter que enfrentar dia-a-dia a rotina se aproximando.

Não sei explicar como tomei a decisão. Foi simples e rápido. Uma pesquisa aleatória no google me levou até o blog o mochilão, onde despretensiosamente, comecei a ler os relatos de um garoto que passou 150 dias viajando pelo mundo. Uma ideia interessantíssima. E da mesma forma despretensiosa que comecei a ler o diário dele, comecei a pesquisar se uma aventura dessa era financeiramente viável.

Foi onde a primeira grata surpresa surgiu. Era perfeitamente viável. Na minha cabeça a decisão estava a ponto de bala.

Mas nada é tão simples assim, e por isso fiquei uma semana toda dormindo tarde, lendo lendo e pesquisando a respeito do assunto. Focando 99% do tempo em cálculos financeiros - tentando provar da maneira mais imparcial possível que o meu desejo era possível.

E consegui. Montando diversas planilhas colhendo informações de guias de viagens, blogs, fóruns, etc.

Passada essa etapa, um novo desafio era a conversa com meus pais. Não conseguia imaginar qual seria a reação deles. E a única coisa que poderia me fazer mudar de ideia era uma reprovação completa por parte deles.

A reação foi interessante. Talvez nunca irei conseguir explicar. Foi um silêncio seguido por minha mãe falando "Vai ser difícil para nós, mas se eu fosse você, com a sua idade, faria exatamente a mesma coisa".
E meu pai dizendo, "se é isso que você quer, tem que ir sim".

Era tudo que eu precisava. A decisão estava tomada. Só precisava colocar tudo no papel, traçar metas, definir roteiros, estudar...

A viagem não terá um perfil puramente turístico, será um misto entre conhecimento cultural e desenvolvimento pessoal. E para isso se tornar realidade uma demanda de estudo surgiu: cultura, religião, história...

Inspiração

Até hoje, tive duas experiências de viagens internacionais. A primeira, foi em 2012 quando fui aos Estados Unidos, naquela ocasião estava engatado em um namoro e a companhia foi à dita cuja. A viagem foi interessante, principalmente no fato de estar fora do país pela primeira vez. Mas pela a maneira que a viagem foi concebida a experiência sociocultural foi próxima à zero. 
A segunda experiência foi um mochilão de 25 dias pela Europa que fiz com um grande amigo, tivemos a oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do mundo, enfrentar situações inusitadas, outras engraçadas. E descobri que dormir em um quarto com 12 pessoas desconhecidas pode tornar a viagem muito mais dinâmica, e que o ambiente de albergue proporciona um intercâmbio cultural que nenhum hotel no mundo é capaz de proporcionar. Adiciona-se a tudo isso o fato que uma viagem com conceito econômico (budget-travel) é, sem dúvida, muito mais interessante.
Foi durante essa última viagem que a dose de inspiração que faltava para sair pelo mundo apareceu.
Obviamente que alimentei a inspiração com alguns complementos...

Blogs:

Filmes

  • A Map for Saturday - Trailer
  • Na natureza selvagem (Into the wild) - Trailer
TED talks

  • Robin Esrock


  • Rick Steves